Desta maneira, é fácil perceber a importância do constante monitoramento dos valores em risco, visando evitar o pagamento de prêmios super ou subestimados. No primeiro caso o segurado estaria desperdiçando dinheiro e no segundo, correria o risco de entrar em cláusula de rateio no caso de um sinistro. No passado era comum que a determinação do montante segurado tivesse como base o valor contábil dos ativos.

Essa prática, que é ainda utilizada, configura-se como extremamente inadequada, pois se até 1995 o valor residual contábil era depreciado e corrigido monetariamente, a partir dessa data o valor residual contábil passou a ser somente depreciado, deixando de existir a correção monetária. Assim, fica claro que o valor residual contábil apresenta uma curva de valorização inversa daquela do custo de reposição de um ativo novo ou mesmo depreciado.

Dessa forma, temos que a avaliação técnica dos ativos efetuada por empresa especializada em Engenharia de Avaliações, por estar de acordo com as determinações normativas da NBR 14653 da ABNT, é a única maneira segura para a real apuração do valor em risco.

Assim, uma avaliação técnica para fins de seguro deve contemplar, entre outros, os seguintes procedimentos: vistoria detalhada de cada ativo, cotações ou orçamentos para determinação do valor de reposição novo e, finalmente, o cálculo da depreciação técnica, necessária para o estabelecimento do valor máximo para seguro e seu valor atual.